sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

I see in your eyes the same fear that would take the heart of me.

Corações disparados em uma grande sinfonia. Você está regendo-a. Uma nota errada, um desastre sinfônico sucedido de vaias. O acerto consecutivo das notas, o dia mais auspicioso de sua vida. A música adentra em seus ouvidos, despertando sensações que fazem parte de um enigma. Um enigma indecifrável. Dentro de você, com rigorosa lógica dedutiva, um grito inaudível surge. Gritando todas as coisas que outrora estavam engasgadas em sua garganta. Os seus gritos não delimitaram a abstenção de seus prazeres, contudo, expuseram o fascínio de se libertar. Não tente compreender, apenas liberte-se. Torne-se aquilo que mais teme.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Maybe I should make the final cut.

A proximidade deixa distante, ocultando uma possibilidade quase remota de procurá-la. Eu não pertenço mais a este mundo, por um motivo não visível. Eu estou fora. Estou fora por um tempo indeterminado. O fim.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

And say goodbye to the heart you break.

Não obstante a imperceptível abstinência, não hesito em acreditar que sua presença continua sendo necessária. Os meus erros não são uma forma de justificar os seus. Estou cansado de procurar em todos, algo que só consigo encontrar no reflexo do espelho. O silêncio é a melhor forma de não lembrar, preciso aprender a usufruir dessa dádiva. Salvo que, às vezes, o silêncio é a maior arma de seu oponente. Maldita arma capaz de pôr de joelhos qualquer homem. Maldita arma capaz de quebrar escudos inquebráveis diante de suas palavras que, por intermináveis minutos, permaneceram inaudíveis. Memórias imemoráveis. Surpreendo-me com a mente humana. Nosso cérebro vive em uma guerra constate com nossas sensações e desejos sujos. Contudo, o fato de meu cérebro não viver em harmonia com meus sentimentos, não justifica a oscilação entre sensações contraditórias. Ser desconhecido, o tempo o arrancou de mim, sendo que, na mais visível verdade, você nunca me pertenceu. Acreditara eu, homem em decadência, em suas interpretações falseadas. Realidade: Nunca fora feliz, seus pensamentos apenas foram recapitulando as informações e coordenadas de forma errada. Abstinência de você. Negligência em não te querer.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Can you hold me just for this night?

Sensações implacáveis, efêmeras. Pessoas inconstantes, desejos incoerentes. Pudera eu ser, ao menos uma vez, tua encefalina. Pudera eu moldar a tua dor, fazendo que não doa o quanto que deve doer. Pudera eu anestesiar você. Pudera eu ser, pela última vez, a tua substância simpatomimética. Sua alegação não é tão convincente. As palavras que ela dissera contradizem seu olhar. Olhos expressivos, tentando dizer em um gesto não-verbal, a única verdade que nunca deve ser dita. Braços dilacerados, não tanto quanto sua alma - totalmente apodrecida, por sinal. Estava entregue à morte. Todas as pessoas dizem a mesma coisa, dizem que passa. Todas as pessoas fingindo sentir uma dor que não sentem. A dor de saber que você não volta. Você foi e, com toda a certeza, levou a metade de mim. Metade de mim está clamando por vida. A outra metade que você levou está deitada ao teu lado, em um sono profundo. Não quero acordar sabendo que... Nunca mais você irá acordar. Durma, pequena criança. Durma no embalo dos meus braços. Durma, pequena criança. Durma e esqueça-se da face do homem que lhe induziu ao fim - O fim para você, o começo para mim. Enquanto você dorme, eu cantarei a tua canção de ninar. Canção que irá soar em teus ouvidos no teu pós-vida.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Suceda a treva à luz.

Minhas percepções errôneas são inúteis. Sair à procura de uma coisa que, provavelmente, não existe. Talvez esteja diante de meus olhos, mas não me permito ver. A melhor forma de não se sentir vulnerável é, simplesmente, ignorar o que está diante de você. Não me recordo de jamais ter recorrido a esse subterfúgio. Na realidade, eu não quero recordar de nada. Não quero, por mais uma vez, dar permissão ao meu cérebro de relembrar fatos que devem ser esquecidos. Fatos que devem ser esquecidos, mas são inesquecíveis. Encontre um refúgio na escuridão de teu ser. A obscuridade é bem melhor. Veja, na claridade você vê exatamente as coisas como elas são, sem ocultar absolutamente nada. Você não se permite ansiar por explorar aquilo que, por conta da claridade em excesso, está evidente. De outra forma, na obscuridade do teu interior, você não vê nada. Você está perdido, sem rumo. Você precisa calcular cada passo que dá. Um passo errado pode significar a escolha errada. Escolhas erradas são o fim sem começo. A pior parte de viver na escuridão é que, no fim, você termina gostando. Teus anjos podem querer travar uma batalha com teus demônios e, no meu caso, o bem nunca é suficiente para ter um final feliz.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Fantasma do meu ser; Ébrio.

- Não tem como você dizer uma vez na vida uma verdade?
- Você prefere o silêncio ou a ausência de palavras?
- Não é a mesma coisa?
- Não.
- Então me explique.
- O silêncio é quando as palavras certas estão esperando uma grande oportunidade para serem ditas.
- E a ausência?
- A ausência é quando o manto do sentimentalismo cobre sua visão, o impedindo de ver a verdade e mostrando a você somente o que você deseja ver. A ausência é a melhor palavra para proliferar dentro de sua mente insana.
- E nesse momento, qual você escolhe? Ausência ou silêncio?
- Sinceramente?
- Sim.
- Eu escolho você.

Não preciso comentar nada, tudo porque hoje estou inexorável. Não quero falar em sentir. Quero apenas minutar. Digitar as letras sem pactos. Com nenhuma comiseração.

Nós temos todo o tempo do mundo, mas isso não quer dizer que você possa continuar desperdiçando o meu.

Lágrimas percorrem minha face deixando pequenas cicatrizes. Lágrimas que, de alguma forma, amenizam a grande fúria que me permito sentir. Fúria que toma conta de todos os meus sentidos. Eu não vou sentir a sua falta... Apenas sentirei falta do que eu vivenciei com você. Definitivamente, os únicos amores eternos são aqueles que não dão certo. A minha ausência era o seu excesso. Oposição recíproca. Passarei o resto de meus dias tentando aniquilar qualquer resto de sentimentalismo. Ele não me serve de nada. Mas, infelizmente, eu não aniquilarei teus sussurros conspiratórios. Não aniquilarei os traços tênues de tua face de porcelana. Não aniquilarei, por completo, o sentimento indócil que ainda sinto rasgar meu peito, em uma tentativa falha de tentar sair. Eu estou perdendo, de forma simultânea, todas as pessoas as quais eu precisei um dia. Entenda coma uma espécie de dominó. A primeira peça - a grande influenciadora - está caindo e, por consequência, derrubando todos os componentes que a seguiam. O que acontece? O começo de uma nova jogada. Quem joga? Você. E você joga sozinho. Você deve ficar sozinho, somente assim é capaz de sobreviver. O amor nos deixa fraco.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Letargia sufoca os sentidos.

Nós nos esquecemos como procurar um ao outro. Despedace-me com tuas palavras, mas não me deixe morrer com teu silêncio. A ausência de coerência, a sobra de sensacionalismo. Palavras confusas entre linhas não terminadas. Términos de palavras em textos não escritos. Você consegue ver algo? Sinceramente, eu não vejo nada. Definitivamente, hoje eu não deveria ter acordado.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

I look in the mirror and see your face.

Duas pessoas, um coração. Ele sempre se preocupava em fazê-la bem, ela sempre arrumava um motivo para fazê-lo mal. Ele precisava ver o sorriso dela para se sentir melhor, ela nunca sorria para vê-lo triste. Ele sempre arrumava uma maneira de dizer que a amava, ela sempre deixava o orgulho como sua prioridade para machucá-lo. Ele sempre chorava com medo de perdê-la, ela sempre gargalhava quando falavam que ele estava chorando. Ele daria o mundo por ela, ela não daria um sorriso por ele. Era sempre assim. Ele pedia, ela negava. Ele chorava, ela sorria. Ele era sincero, ela ocultava a verdade nos fatos. Ele só a queria, ela queria todos. Ele não suportou, ela ignorou. Ele morreu... Ela chorou, ela gritou, ela disse todas as palavras que ele queria escutar, mas era tarde demais. Ela passou a viver sua vida com o peso na consciência. Nunca sentira tanta dor, nunca sentira tanta falta de uma coisa que sempre teve, mas nunca deu importância. Uma pequena mentira: Ela sempre o amou. Uma pequena verdade: Eu sou ele. Um pequeno detalhe: Agora é tarde demais.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Bruises that won't heal.

Eu não gosto muito da realidade. Vivo escondendo minha verdadeira face atrás de um manto de ilusão... Na verdade, não estou escondendo-a, estou apenas sobrevivendo sem mostrar o que realmente sou. É difícil acreditar, porém, necessário. Tudo o que um homem tem pode desaparecer - ou num instante, com velocidade assustadora, ou ao longo da vida, numa decadência tão lenta que o olho não é capaz de detectar. Aconteceu comigo. Eu desprezo a possibilidade de sempre ter que descobrir as coisas por conta própria, sentir em minha pele. Honestamente, sempre é mais fácil colocar a culpa no tempo. Sempre é gracioso colocar a culpa em outra pessoa, você se sente mais limpo. Eu não consigo sentir, será que sou o único? Em algum lugar do meu animal indócil, ocioso e repugnante. Eu sei que tal sentimento está aqui, mesmo não podendo sentir. Não entendo o que escrevo, mas não devo entender. As palavras apenas estão aqui. Não devem ter um significado, somente precisam existir. Você não entenderia meu modo grotesco de ver o mundo. Tudo foi predeterminado.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Digno de ser lembrado.

"Nós nunca vamos dar certo! Somos diferentes."
As palavras têm um poder absurdo. Eu descobri o poder que elas têm, infelizmente. Descobri o quanto dilacera a alma ler certas coisas. Cada lágrima que me permito derramar desce por meu rosto em forma de uma lâmina, cortando-me e deixando um enorme rasgo. Eu me tornei um monstro. Minha pele pálida, riscada por pequenas gotas de sangue. Lágrimas não conseguem deixar-me mais limpo. Eu sou um homem sujo. Estou em estado de putrefação, minha carcaça física apenas esconde o que eu realmente sou. E, acredite, você não gostaria de saber o que eu realmente sou - o que você pode se tornar. O que me condena é saber que você foi e... E eu nem me esforcei para que você ficasse. Talvez meus argumentos não fossem tão plausíveis. Talvez o gosto do beijo dele ainda estivesse fazendo efeito em você. Tudo acabou.
Suponha que eu me importei. Suponha que eu estava errado. Suponha que isso fosse verdade. Suponha que meu corpo implora por teus toques, suponha que meus lábios necessitam dos seus. Suponha que eu não quero que acabe, mas já acabou. Suponha que meu cérebro insiste em frisar a imagem do teu sorriso. Suponha que eu estivesse sentindo sua falta. Suponha que todas as madrugadas eu olho para o céu, procurando alguma estrela que se assemelhe com o brilho do teu olhar. Suponha que os dias não são os mesmos, suponha que eu me entrego. Suponha que a carne é fraca, mas eu preciso ser forte. Suponha que eu preciso de você. Suponha que tudo o que eu disse foi uma grande mentira. Suponha que eu menti pensando em dizer que tudo foi uma mentira.

My eyes are screaming for the sight of you... So I guess I feel lonely, too.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Little girl. Little boy. Big feelings.


Era difícil de entender e, até hoje, não entendo. Posso envolvê-la em meus braços, em um singelo ato de carinho. Pele branca, em um pálido perfeito que me lembra as nuvens no céu dançando em uma música inexistente. Posso perder meu lugar na imensidão de seus olhos. Olhos de um tom escuro, olhar profundo. Perco meu lugar em tua imensidão tão bela. Lábios pequenos, em um formato cilindricamente proporcional a perfeição do resto de tua face admirável. Sorriso incomparável, um sorriso capaz de trazer vida a qualquer ser. Um sorriso que é capaz de fazer qualquer coração disparar incontrolavelmente. Sinto várias sensações e sentidos sendo aguçados em minha caixa torácica. Minhas mãos ficam tremulas, minha respiração fica falha. Somente tuas palavras me deixam em tal estado. Meus pensamentos tomam vida própria, não sei mais nada. Só tenho a certeza de uma coisa: Eu não posso viver sem você. Tudo o que falta em mim, você tem de sobra. Tudo o que falta em você, eu tenho para poder completá-la. Uma alma em dois corpos. Dois corações em uma alma. Eu amo você, melhor amiga.

Lose Yourself.