Eu queria poder apagar as linhas que o destino escreveu. As pessoas sorriem o tempo todo, embora tenham o peito corroído pela tristeza. Elas as poucos vão definhando por trás das sombras desses sorrisos falsos, assim como aconteceu comigo.
Infâmias oblíquas que não foram, mas não continuam no local de partida. Um inverno de ausências. Ausência que insiste em se fazer presente. Os ecos das minhas palavras não ditas estão entrando em conflito com o maior subterfúgio de uma vivência humana. Gritos que não dei estão entrecortando minha garganta, estão apenas procurando seu refúgio. O refúgio que não pôde ser encontrado dentro de mim. As palavras que nunca deveriam ser ditas foram pronunciadas.